Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2010

Por acaso (?)

O horário: 14:20. Saí de casa, na esperança de encontrar um ônibus ou na certeza de esperar por algum. 14:30, na hora de atravessar as avenidas bem movimentadas, avisto o ônibus, do outro lado. Me desesperei, não queria esperar por uma hora o próximo ônibus. Acenei, mas o motorista não viu. Atravessei uma das avenidas, na hora de atravessar a próxima o ônibus começou a andar. Acenei mais uma vez e o motorista parou. Um suspiro de alívio. Corri e atravessei a avenida agoniada, com o vento me descabelando. Entrei e perguntei: vai pra tal lugar? [imagine se não fosse? tanto esforço pra nada, mas ia. ufa!] Ônibus cheio, só haviam dois lugares, em uma poltrona havia um rapaz com uma criança no colo, e ele não parecia querer que outra pessoa sentasse do seu lado, estava tomando as duas poltronas. No outro lado, um outro rapaz, parecia ter problemas mentais, não sei. Me sentei. Abri meu chocolate, o miojo do almoço já não fazia efeito. Comi, coloquei os fones e tentei cochilar. Não conseguia,

é o fim. é o fim?

Eu passei por lá E vi aquele lugar pela última vez Pelo menos, última vez que o veria daquele jeito Deu um aperto no peito, a dor e as lembranças vieram à mente num piscar de olhos As lembranças, o medo, o desapego, o carinho, o desejo, o afago, os sorrisos, as lembranças. Tudo girava em torno de uma única situação: o fim. O fim que jamais imaginaria existir o fim de uma vida planejada, com os nossos próprios planos e sonhos o fim de uma doce ilusão.  O fim, o fim, o fim. Será o começo de uma nova vida? Começar tudo de novo? Enquanto começo tudo de novo, a dor e as lembranças me acompanham Não me deixam, não se desapegam. Simplesmente, não querem deixar o passado pra trás. "O passado não reconhece o seu lugar. Está sempre presente"

Morra por mim.

Acredito no amor. Não falo desse amor piegas, clichê, que virou "bom dia". Acredito no amor puro, genuíno, como o de Cristo por nós. Amor capaz de se entregar por outra pessoa. Tão forte que é capaz de dar a vida, se preciso for, pra salvar a vida da pessoa amada. Certa vez li uma história que falava exatamente isso. A história era mais ou menos o seguinte, Duas pessoas se apaixonam, começam um relacionamento, e com o tempo ela descobre que não o amava o suficiente pra abrir mão de certas coisas por ele. Ele, porém, abriu mão de tudo por ela. Terminaram o namoro, mas ele fez questão de continuar sendo seu "melhor amigo". Ela conheceu outra pessoa, estava prestes a se casar, quando sofreu um acidente, correndo risco de vida. Segundo a história, ela precisava de um novo coração. E, olha que lindo, ele doou o seu coração e salvou a vida da mulher que ele amava. Não pensou em nada.  Ainda que ele morresse, ainda que ela fosse viver a vida dela sem ele. Ele preferiu doar

Promessa é dívida?

Imagem
Quando eu era criança, sempre que pedia algum presente aos meus pais e eles diziam um "talvez", eu dizia: promete? E eles prometiam. Até então, tudo era lindo. Depois de um tempo, eu lembrava do presente e da promessa.. E quando questionava, sempre tinham um argumento, de que não puderam comprar e coisa e tal. Pedia pra eles prometerem porque eu sentia uma segurança naquilo, era como se eu tivesse a certeza de que prometendo, seria cumprida, porque uma vez meu pai me falou que promessa era o mesmo que uma dívida. Tinha que ser paga. Cresci com isso na cabeça. Cresci em meio a promessas não cumpridas.. Mas cresci achando que meus pais não cumpriam as promessas de presentes por condição financeira ou coisa do tipo. Cresci achando que quando as pessoas faziam promessas com relação a outras coisas, elas cumpririam. Bobagem minha. tsc. É complicado fazer promessa, principalmente sobre algo que você não pode controlar. E ainda assim as pessoas fazem promessas e outras ainda acredit