Se não te faz sentir, não faz sentido.
10 entre 10 amigas, quando você começa a se envolver com
alguém, dizem: “Não crie expectativas”, “curte o momento, mas NAO SE APEGA PELO
AMOR DE DEUS”. Eu entendo isso de você não criar mesmo expectativas, não
imaginar os cinco filhos ao lado de alguém que acabou de conhecer e nem pensar
nas férias na fazenda da família. Sim, eu também acho que é loucura criar
expectativas, porque meio que essas expectativas todas te fazem querer colocar
o carro na frente dos bois e atropelar as coisas. E, trust me, isso nunca dá
certo. Melhor é quando tudo vai devagar e se for pra ser, um dia é. Simples!
Mas e o se apegar? Quem é esse monstro que todo mundo tem
medo? Que todo mundo faz aquele sinal de alerta quando você começa a conhecer
alguém? É tipo aquele sinal de perigo nas embalagens de produtos tóxicos. Mas,
gente, como pode?! Como sentir pela metade? Como é estar com alguém e conseguir
dizer, sem mentira alguma, que não existe apego? Calma, não me entenda errado.
A gente tem essa mania de superestimar tudo! A gente acha que se alguém diz que
está apegado a outra pessoa, isso automaticamente significa que ela quer a
pessoa pra sempre, que ela não viveria mais sem ela e que, se acabasse hoje,
seria o fim do mundo. Calma aê. Tudo pode ser tão mais simples e a gente complica
tudo! Ou talvez eu que veja as coisas de outra forma, sei lá. Eu que subestimo
a paixão, o apego.. sei la. Talvez. Mas a verdade é que eu acho que se tu tá se
envolvendo com alguém, ainda que seja alguma coisa casual, tem que ter, de
fato, envolvimento. Senão, de que adianta?! Se não te faz sentir, não faz
sentido. Não faz sentido estar com alguém que não te faz sentir nada, nem um
apegozinho qualquer. Eu me apego a seriado, como não me apegaria a alguém com
quem eu esteja convivendo e vivendo alguma coisa legal?! Quando o seriado
acaba, bate aquela coisa de “poxa, mas eu gostava tanto!”, né? Então, mesma
coisa, mais com um pouco mais de suspiros. Tudo tem fim nessa vida e tudo
também serve de aprendizado, de experiência e de boas histórias pra contar!
Entendeu meu ponto agora? A vida passa tão rápido e a gente
tem medo de sentir tudo. Tem medo de se apegar, de gostar, de amar, de sofrer.
São essas coisas que fazem a gente se sentir vivo. Aí tu se poda de viver todas
essas sensações maravilhosas por medo de no final, se existir, chorar algumas
pitangas e passar uns dias sem querer amar de novo. Eu não sei se eu que penso
diferente demais, mas eu acho que vale mais a pena viver de verdade, sabe?!
Conhecer o mundo de braços abertos e estar aberta pras possibilidades que nos
são oferecidas. Apegar, gostar e, se possível, amar sem medo. Tudo no seu
devido tempo, tudo na sua frequência.
Eu juro que entendo quando as pessoas dizem que não querem
se apegar por alguma razão específica, sei lá, trabalhando demais, foco nos
estudos, acabou de sair de um relacionamento... Mas eu juro que não entendo
quando alguém vem e fala que não quer ser o único a se apegar e, por isso,
evita qualquer tipo de envolvimento. Como se o outro fosse se afastar a partir
do momento em que descobrisse o apego do outro. Tá, eu sei que a sensação de
ser o mais encantado da história, o mais apegado, o mais isso, o mais aquilo,
não é legal de sentir.. Mas também é horrível ser o menos! O que ama menos, o
que não sabe se gosta, o que queria sentir mais e não consegue, o que queria se
apegar, mas o apego parece não lhe querer. Sentir menos não é orgulho pra
ninguém. Eu já estive dos dois lados das histórias e posso te dizer com toda
certeza: melhor sentir demais do que não sentir nada. Pra mim, quem sente menos
é mais infeliz do que aquele que decidiu se entregar e sentir, e no final das
contas, sofreu de alguma forma.
Parem de achar que sofrer por amor é o fim do mundo! Você
morre de amor, mas continua vivendo, já disse alguém por aí. E vive mais feliz
depois que a dor passa, porque passa a viver sabendo dos seus limites, das suas
capacidades e, o melhor de tudo, vive sabendo que não é qualquer dorzinha que
vai te impedir de viver coisas bonitas. Aprende que tem a capacidade de sentir cada
vez mais e que pode sim amar de novo.
Sinta!
Porque se te faz sentir, faz sentido.
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