Bagunça
Toda vez que você “aparece” na minha vida, você me bagunça.
Não mais aquela bagunça que você fazia antes, aquela que era impossível de arrumar, sabe?
Mas você sempre mexe em algumas coisas, tira outras do lugar, coloca suas coisas na minha mesa, sem pedir nenhuma autorização. E vai abrindo espaço pra tudo o que é seu, como se fosse dono daquilo, como se tivesse direito de sair mexendo em tudo. E deixa tudo bagunçado, tira minhas certezas do lugar e me deixa pensando que tem alguma coisa errada comigo.
Não mais aquela bagunça que você fazia antes, aquela que era impossível de arrumar, sabe?
Mas você sempre mexe em algumas coisas, tira outras do lugar, coloca suas coisas na minha mesa, sem pedir nenhuma autorização. E vai abrindo espaço pra tudo o que é seu, como se fosse dono daquilo, como se tivesse direito de sair mexendo em tudo. E deixa tudo bagunçado, tira minhas certezas do lugar e me deixa pensando que tem alguma coisa errada comigo.
Eu juro que tento entender o porquê de você me bagunçar desse jeito. Mas eu não chego a lugar algum. Chego a pensar até que você gosta disso,
que isso te faz bem de alguma forma. Que você gosta de saber que ainda pode
entrar e bagunçar as coisas, que ainda pode colocar suas coisas em algum
lugar, que eu nem vou reclamar da bagunça. Acho que você gosta de saber que
ainda existe um lugarzinho aqui que ainda abre espaço, mesmo que sem querer, pra
suas coisas entrarem.
Acho mesmo que você gosta de acreditar que tem algum
pedacinho aqui dentro de mim que ainda sente sua falta.
É, eu acho.
A gente leva tanto tempo pra limpar a bagunça, mudar as coisas de lugar, que é tão assustadora essa bagunça que fazem, por menor que seja.
ResponderExcluir"Entra pra ver, como você deixou o lugar e o tempo que levei pra arrumar aquela gaveta. Entra pra ver, mas tira o sapato pra entrar. Cuidado que mudei de lugar algumas certezas".